Além do IGESPAR
Não nos interessa possuir um espaço onde já tenham acedido milhares de visitantes, nem receber dezenas de comentários. Importa-nos sim respeitar o compromisso que assumimos connosco mesmos: continuar a trazer para o debate assuntos que cremos de importância para a arqueologia portuguesa.
E, afinal, há sempre alguns indivíduos que acompanham este blog respeitosamente, contribuindo, de uma forma ou de outra, para a sua continuidade e para que se acredite que um dia tudo será diferente!
E, afinal, há sempre alguns indivíduos que acompanham este blog respeitosamente, contribuindo, de uma forma ou de outra, para a sua continuidade e para que se acredite que um dia tudo será diferente!
Neste primeiro ano de existência chamamos a atenção para a falta de debates sobre a actividade arqueológica actual, sobre os posicionamentos teóricos que orientam o trabalho do grupo e indispensáveis para o progresso da investigação. As questões de ética e de deontologia profissional foram igualmente insígnias consideradas como importantes para determinar a coesão.
Mas observámos que continua a existir uma certa relutância, por parte de alguns colegas, em combater por certas questões consideradas quase tabu! Os oradores são poucos talvez porque haja falta de audiência. Falta a discussão pública e a crítica, podendo daí resultar uma disciplina estagnada, pelo menos para grande parte dos profissionais. E estes profissionais podiam ganhar força se um efectivo espírito de equipa funcionasse como pedra angular para a edificação de uma arqueologia profissional.
Ao contrário, continuaremos a ter um “despejo” anual de mão-de-obra, completamente sem preparação para a difícil tarefa de ser um arqueólogo no presente. Insistiremos num alimentar da descrença na luta por uma profissão mais estável e que permita a pesquisa cuidada. Repetiremos ou veremos repetir a realidade de alguns colegas a serem usados como “carne” para canhão. Arranjaremos (para o futuro) uma manta de retalhos com tantos sítios arqueológicos inventariados. Receberemos um organismo de tutela novo, mas que não resolve os assuntos aqui referimos...
E sustentaremos uma realidade onde a falta de creditação de todas as entidades envolvidas na arqueologia e a falta de um organismo que nos represente e nos defenda façam de nós (uns) fracos…
Para onde nos encaminhamos?