28.2.08

Informar

Encontram-se abertas as candidaturas à 2.ª edição do prémio atribuído anualmente pela APAI ao melhor Resumo Não Técnico (RNT) de Estudo de Impacte Ambiental (EIA) - Prémio «Melhor RNT» 2008. Considerando que a participação pública é um dos elementos chave do processo de AIA e que o RNT é uma das peças essenciais dessa participação, a APAI instituiu este Prémio com o objectivo de chamar a atenção das entidades envolvidas e da sociedade em geral para a importância da participação pública na AIA, bem como estimular a melhor prática e a inovação na elaboração do RNT.

23.2.08

É fundamental falar a uma só voz (é por isto que estamos de volta!)

Cada vez mais arqueólogos sentem a necessidade de analisar o estado da nação. É preciso que o façam de forma concreta e proveitosa. Este tema lança-nos novamente para as considerações de Jürgen Habermas e induz-nos a defender um efectivo envolvimento de todos os agentes existentes no processamento do conhecimento arqueológico.
Exorta-nos, num primeiro plano, a pugnar a favor da união entre a teoria e prática, nos diferentes momentos e espaços de acção do arqueólogo, promovendo a auto reflexão. Este princípio do auto conhecimento implica que cada um se debruce sobre a validade dos fundamentos que promovem a sua actuação, enquanto actor, intra-sociedade. Dispensando qualquer cisão entre os profissionais de arqueologia, procurar-se-ia substitui-la pelo debate no seio da classe, produzindo-se um código de conduta e de valores éticos capazes de accionar uma lógica prática.
Num outro patamar, sempre de acordo com a lógica referida e considerando a arqueologia parte integrante do argumento espacial e temporal (onde o ritmo crescente das mudanças a que assistimos, influenciam claramente os diferentes olhares sobre esta disciplina), impõe-se a redefinição da sua missão, arrastando a prática do debate à restante sociedade.
Seguindo os preceitos da acção comunicativa de Habermas, tomando a concepção do domínio prático, a interacção humana social e/ou a intersubjetividade da compreensão mútua de intenções, parece-nos indispensável que haja uma maior interligação entre os arqueólogos e os outros actuantes, interligando-os um fio condutor: a procura de conhecimento e protecção do Património. E este envolvimento de todos acontece quando houver formação e informação que permita a toda a sociedade perceber que o passado e o presente não são compartimentos estanques, mas que brotam um do outro e todos estamos integrados neles.
Habermas retoma o projecto histórico-filosófico da modernidade, atribuindo à opinião pública a função de legitimar o domínio político por meio de um processo crítico de comunicação, sustentado nos princípios de um consenso racionalmente motivado. Pelo que a participação na discussão da construção de novos paradigmas e o consenso de todos constitui um mecanismo privilegiado de tomada de consciência e portanto de responsabilização: entre arqueólogos integrados num mesmo tipo de entidades, entre arqueólogos insertos em diferentes entidades e entre todos os parceiros sociais, proporcionando uma maior articulação entre o Estado e a sociedade.
Assim, novas medidas, debatidas em grupo, implicariam mais e melhor sensibilização, coordenação, articulação, auto-responsabilização, fiscalização e, a ser necessário, punição. O consenso social derivaria da Acção Comunicativa, corresponderia a uma orientação que responde ao interesse cognitivo por um entendimento recíproco e ao interesse prático pela manutenção de uma intersubjetividade.

Biblio: Habermas, J. (1962, 1994). The Structural Transformation of the Public Sphere, Cambridge, Polity Press.

21.2.08

A Arqueologia em Revista

O grande debate nacional que muitos desejavam, descentralizado pelo país e com continuidade no ciberespaço.
Com um programa descentralizado territorialmente e um modelo que privilegia assumidamente a participação colectiva… uma oportunidade para tratar, no lugar próprio, com ponderação e sustentação, as problemáticas que marcam o presente e condicionam o futuro da Arqueologia portuguesa.
…um Ciclo de Debates para reflexão alargada da situação actual da Arqueologia portuguesa…
Pretende-se reunir os profissionais da área, mas também das disciplinas científicas que com ela interagem de forma cada vez mais intensa e multidisciplinar...
… apreender o processo de transformação da disciplina no último quarto de século, tanto no plano dos mecanismos de produção e difusão do conhecimento científico, como no da sua necessária sociabilização.

Temas de Debate
Arqueologia e Poder
Arqueologia e Arqueólogos
Arqueologia e Sociedade

1. Lisboa (1 de Março) Museu Nacional de Arqueologia 10-18 horas
2. Porto (8 de Março) Local em confirmação 10-18 horas
3. Faro (15 de Março) Museu Municipal de Faro (Largo Afonso III, 14) 15-19:15 horas
4. Beja (29 de Março) Local em confirmação 15-19:15 horas
5. Conimbriga (5 de Abril) Museu Monográfico de Conimbriga [em confirmação] 10-16:30 horas
Organização do Centro de Arqueologia de Almada / Revista Al-Madan com parceria da Associação Profissional de Arqueólogos e da Associação dos Arqueólogos Portugueses

Ver, estas e outras informações, na fonte:
http://almadan.cidadevirtual.pt/Próximo%20(geral).htm