23.3.07

Leituras


A directiva Europeia sobre a AIA surgia em 1985 e referia-se aos efeitos de projectos públicos e privados sobre o ambiente, apresentando uma lista de projectos para os quais a AIA era obrigatória. Assim, Estudos Prévios de Impacte Ambiental e Estudos de Impacte Ambiental surgiam como duas etapas de intervenção. Tomámos algumas frases do texto escrito há 11 anos atrás: “… aquilo que se identifica no trabalho de campo de um EIA (…) nem sempre permite estabelecer todo o contexto histórico subjacente e portanto a real importância dos achados que (…) poderão mais tarde comprometer (..) o significado do conjunto..” Assim se disse da arqueologia preventiva, assim acontece com a arqueologia de emergência que variadas entidades e diferentes arqueólogos têm feito…perdemos o significado do conjunto. Será que é isso que interessa à sociedade? Será que é isso que interessa aos arqueólogos? “É aqui que cada arqueólogo, individualmente, deverá assumir a sua cota parte de responsabilidade…” “O futuro do arqueólogo joga-se cada vez mais na adopção de uma ética profissional e na sua responsabilidade social …” Há uma década que se pensou e se escreveu assim. Uma década repleta de mudanças. Que falhou? Que haverá ainda por fazer? O texto refere “A ausência desta estruturação resulta em que, muitas vezes, são outras profissões (engenheiros, arquitectos, juristas, etc.) que fiscalizam a qualidade profissional do trabalho dos arqueólogos.” Oh… que pena… principalmente se pensarmos que esta situação resulta da nossa incapacidade de diálogo e de agregação! O nosso preconceito? A nossa inveja?... Não existia Ordem. Não existe hoje ordem, mas impera a desordem. Precisamos nós de uma Ordem? Somos capazes de dialogar?

Tomámos algumas frases do texto: “Estudos de impacte…” por João Pereira e Ivone Martins, IN Almadan, II série, n.º 4, Outubro 95, pp. 87 – 93