30.8.06

Várias

Aproveitando o intervalo dos trabalhos de campo acontece o regresso ao espaço virtual. Ponderámos um pouco sobre as velhas posições e novas situações. Escrevemos ou não?... Escreves tu ou escrevo eu? E concluímos finalmente escrever!
É de saudar o XV Congresso da União Internacional das Ciências Pré-Históricas e Proto-Históricas, cujo programa revela comunicações assaz interessantes! O temas a abordar são variados, focando-se igualmente questões habitualmente aqui sondadas: a metodologia, a tecnologia e a prática e/ou a capacidade de reconstituição do passado partindo do presente. Com certeza que participar deste encontro onde estarão investigadores vários, será bastante enriquecedor, podendo encontrar-se diferentes abordagens ao objecto que nos interessa efectivamente compreender.
A casa está a ser arrumada!... a Associação Profissional de Arqueólogos está a realizar o 1º Inquérito Nacional à Actividade Arqueológica, abrangendo todos os sectores de actividade. Visa-se diagnosticar os problemas que afectam o exercício da Arqueologia e procurar uma correcta avaliação das medidas necessárias para o seu melhoramento. É positivo que frequentemente se faça esta autoavaliação, sempre objectivando o melhor para a ciência e actividade da Arqueologia.
Finalmente, como a técnica e a teoria não nascem necessariamente ao mesmo tempo e os autores precedentes não são infalíveis, nem antevêem cada uma das novas necessidades da profissão, é bom que se debata… e é de dar as boas vindas a novos espaços que permitam conversar sobre pensamentos e realidades inerentes ao frenesi actual. Numa ronda prévia a este texto detectamos o endereço do fórum a promover pela APA http://www.aparqueologos.org/forum/mboard.php e que se soma ao http://arqueo-forum.awardspace.com. Ficamos satisfeitos e acreditamos que os assuntos trazidos à conversa informem e promovam o pensar da arqueologia portuguesa!
Os variados espaços obrigam cada um dos arqueólogos a lutar contra a dispersão e focar-se no que efectivamente interessa: que é feito do pensamento arqueológico português? Na verdade, não podemos deixar de lado a premissa união faz a força ou continuamos a enganar-nos e a gritar, cada um para o seu lado: Temos direito ao exercício da pesquisa! Temos direito de empreender intervenções que permitam o registro arqueológico sob condições que assegurem resultados satisfatórios! Temos o direito e o dever…
Em verdade a ética, a moral e a deontologia levam à união. E nesta coisa de ser douto importa aplicar o método científico ao trabalho que se faz, mas também compreender o que se está a fazer a fim de constituir preceitos para outros seguirem. E é também preciso divertir-se ou então não se deve sequer ser arqueólogo! Porque mesmo sem (tanto) dinheiro, ninguém nos tira a satisfação de fazer arqueologia! E nisto é importante a criação de novas ideias a ser sequentemente testadas por todos. Temos que confiar mais uns nos outros! E devemos ser honestos já que tratamos de assuntos sérios e de real importância. Não devemos ser facilmente corruptíveis nem pelo dinheiro, nem pela ambição da fama! O desejo de aventura e de descobrir como o objecto funciona deve continuar!...