4.5.08

A Atenção do Arqueólogo





Mesmo reconhecendo que há arqueólogos que acreditam numa arqueologia de campo onde a técnica esteja separada da interpretação, o certo é que, cremos, todos têm a noção de que a nossa mente apenas representa cópia do mundo. A complexidade e interactividade dos processos cognitivos, como a atenção, a percepção e a memória são confirmadas se considerarmos que nem sempre vemos o que está à nossa frente ou percebemos o que os olhos vêem.
Afinal, que estímulos condicionam a focagem da nossa atenção, num contexto de escavação arqueológica ou acompanhamento arqueológico? Com certeza que a percepção de um conhecimento prévio de experiências passadas, relevantes para a situação em causa, fomentam no cérebro o processo iniciado com a actuação sensorial.
Segundo o cognitivismo o indivíduo sujeito recria o seu universo em cada acção que tem com ele. Devemos então estar cientes de que não percebemos tudo o que se passa à nossa frente. Ora, se é verdade que a mente permanece cega para os estímulos não seleccionados, também é verdade que se procuramos um estímulo específico, não veremos outros ângulos.
Então, temos que ter consciência de que em arqueologia um sujeito, mesmo embebido de todas as teorias e conhecedor de todas as técnicas e métodos, não pode agir sozinho! Se pretendemos defender um trabalho científico, temos então que reconhecer a subjectividade de cada um e um maior rigor científico na confirmação intersubjectiva!

JOU, G. I. (2006). Atenção Selectiva: um estudo sobre a cegueira por desatenção. IN www.psicologia.com -O portal dos Psicólogos.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Vejam
http://www.comunicacaoempresarial.com/por-arrumar/cjt-linguagem-e-intersubjectividade/

7:40 da tarde  
Blogger Uma arqueóloga said...

NOVA ATITUDE, NOVO PARADIGMA

Compreender a linguagem e admiti-la como um desafio da comunicação, e não como uma barreira, é uma atitude edificante. Aceitar e promover novos duelos culturais como uma forma de expressão, é admitir e aceitar que há crescimento e mudança.
Reconhecer que o individualismo, sob qualquer forma, reduz as oportunidades de conexão, enfraquece a objectividade e o entendimento, é tomar consciência que este pára a cooperação e, portanto, o progresso do desenvolvimento científico e social.

8:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

olaa! se poderes adicioname brigida89@hotmail.com pois gostava muito de saber mais sobre a profissao de arqueologo.

muito obrigada
Brigida Vicente

1:53 da manhã  
Blogger Dinolite said...

Olá, boa tarde!

Muito interessante o seu blog, visite o nosso:

http://dinolitebrasil.blogspot.com.br/2012/03/escavacoes-no-passado-para-entender-o.html

Obrigada, abraços

4:58 da tarde  

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