8.4.07

Ética, Simplesmente ética...

Com a globalização, a preocupação com a ética empresarial aumentou e corporações de todas as partes do mundo buscaram uma atitude mais condizente com essa realidade. Este comportamento tornou-se a base da seriedade e da competência de uma empresa.
Porém, apesar de já vivermos uma economia globalizada, a ética empresarial na arqueologia esta distante desta realidade. As empresas ainda não conseguiram equacionar correctamente suas preocupações naturais com o lucro, a qualidade do seu trabalho e a ética das suas acções.
Actualmente, os comportamentos de algumas empresas são questionados por alguns membros da comunidade arqueológica. Temos o direito de querer saber qual tem sido a colaboração das empresas para uma série de questões relevantes para a produção do conhecimento científico.
A arqueologia empresarial possui um compromisso com a produção científica que raramente é cumprido. Num meio marcado pela competição e busca do lucro fácil, a ética empresarial deveria ocupar o seu espaço como instância crítica num meio geralmente hostil às boas regras de conduta.
Porém, tal facto não acontece. As discussões no campo da ética empresarial para arqueologia são escassas. Para muitas empresas não é interessante uma discussão deste tema, pois poderia “dificultar” suas metas de crescimento! E traria consigo muitas implicações de valores e normas. Além disto, estamos no meio de uma comunidade que, cada vez mais, está despojando a ética de qualquer tipo de sentido.
Quando praticamente tudo globalizado, fica para trás, caindo quase que no profundo esquecimento, a ética. Na arqueologia deve ser promovida urgentemente a globalização da ética e deontologia, a fim de que as relações dentro da comunidade científica se pautem pelo respeito à dignidade humana, pela potencialidade de cada pessoa, pelo compromisso científico e pela própria preservação da profissão.
É urgente uma discussão ética no campo da arqueologia empresarial, ultrapassando os limites de tímidas reflexões indo até o cerne da questão. É urgente que todos os arqueólogos se sintam à vontade para falar dos problemas existentes, procurando colmatá-los.
Será possível uma arqueologia justa sem a devida valorização de todas as potencialidades de um arqueólogo?
Reflictam…

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Realmente, se houvesse discussões, reuniões e uniões, seriamos um grupo capaz para poder reclamar os direitos... e não deixar mudar os nomes da tutela,e demais características, sem nos ser perguntado nada! Connosco parecem mudar os tempos e ficarem na mesma as vontades...

9:14 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Perdeu-se um comentário que esteve por aqui pouco tempo...
Mas perguntava, com ironia, se se achava que um arqueólogo à frente de uma máquina era um cientista... pois eu acho que, embora haja por aí muita gente a mudar-se para a secção dos trolhas, ou a deixar que façam de si seres pouco pensantes, acho, dizia,que foi como investigadores que nos formaram na Universidade!
Como o texto desapareceu, como outros, provavelmente por questões técnicas, gostaria que o autor o voltasse a colocar!

8:38 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

"Onde a conversa deixa de existir, a violência tende a iniciar" (A.Giddens).

10:22 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

"foi como investigadores que nos formaram na Universidade!"

Já dizia o Sócrates...

1:04 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

qual deles???

4:14 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

E onde está a ética dos técnicos da entidade fiscalizadora quando pedem os cortes e as escalas e os desenhos que simplesmente consideram em falta!!
Quem nos defende desta situação? Quão científico e ético é o verbo pedir por pedir!!

5:26 da tarde  
Blogger Hernâni Lamego said...

Caros Arqueólogos...

Sou estudante de Arqueologia do 3ºano da licenciatura na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Já que se trata de uma questão relacionada com ética, profissionalismo, formação e preparação para o mundo da investigação, deixo este link, o qual considero chocante.
Creio dispensar qualquer comentário.

Avanço apenas a informação de que os intervenientes são estudantes do 4ºano da mesma licenciatura, e o fulano de vermelho é o responsável pela intervenção, nome do qual me recuso divulgar.

http://www.youtube.com/watch?v=N3EOROZI9Sk

Obrigado pela atenção.
Os melhores cumprimentos.

11:40 da tarde  

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