12.5.06

TAG ou GAT, O que importa é que seja já.

De facto, o momento é agora.
Parece que a vontade de uma TAG nacional começa a crescer.
Como o Gonçalo escreveu no seu Blog:
“Penso que já é hora. Hora de construir algo diferente, onde se debatem temas prementes, onde todos são iguais e uns não são mais iguais do que outros. Um espaço onde todos se podem mostrar e ninguém tenha de se esconder.”
Porém, é necessário começar a dar forma a ideia antes que se esvaia. É necessário sermos sensatos e estarmos unidos por este ideal.
É urgente estarmos preparados para sabermos o que poderemos sugerir, pois todos nós sabemos a deficiência que existe na arqueologia portuguesa em relação a teoria. Um bom exemplo disto é a enorme quantidade de sites (vide links deste blog) estrangeiros que falam sobre teoria. E nós?...falamos sobre o quê?
O que podemos fazer e falar? O que temos que falar e fazer?
Abrimos este espaço para um debate com objectivo de aprender e de melhorar cada vez mais a investigação arqueológica neste Pais e para daqui a um ano o sonho se transforme em realidade.

Um Arqueólogo e Uma Arqueóloga

56 Comments:

Blogger Joaquim Baptista said...

Com tantos problemas no dia a dia querem falar sobre teoria. Enfim porque não discutem sobre o sexo dos anjos?

1:54 da tarde  
Blogger Gonçalo Leite Velho said...

;) boa, avançamos para novos posts.
Estava a pensar em avançar com um programa concreto.
Mas vejamos as sugestões (no gundisalvus o post ficou vazio) apesar de pessoalmente muita gente apreciar a ideia.

3:33 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

É capaz de ser bom começarmos a avançar com tópicos possíveis para o programa. E essses temas seriam entretanto debatidos por nós, aqui.

6:45 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

No post OBJECTIVANDO O DIÁLOGO, há un temas que podem debater-se...

6:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Com tantos anónimos e "substantivos comuns", do tipo "um arqueólogo", vão correr o risco de esse TAG se transformar num baile de máscaras.
O que ficará mais de acordo, já que tudo isto parece encenação de expontaneidade.
Contem com mais um anónimo, que levará a sua máscara. Irei disfarçado de Shanks e farei observações em inglês. E estarei particularmente atento ao colega anónimo que irá apresentar uma comunicação sobre a "teoria" neste blog. Matéria não lhe falta.

8:08 da tarde  
Blogger Balsense said...

Por razões que se ligam à minha actividade de investigação sou um muito grande consumidor de informação arqueológica.
Passo uma parte demasiadamente grande do meu tempo a perseguir fontes bibliográficas raras, a re-verificar catálogos publicados (que eles bem precisam!) e a tentar convencer arqueólogos a disponibilizarem alguma da informação não publicada (ou publicada em relatórios inacessíveis) de que dispõem.
Estou assim interessado em todas as iniciativas que possam vir a aumentar a transparência, consistência, rigor e outros parâmetros de qualidade da informação que hoje se produz em alguma quantidade.
Com a consciência que há verdadeiramente ainda muito por fazer nesse sentido, desejo sucesso a esta iniciativa.

Chamo a atenção que as caixas de comentários de um blog não serão, talvez, o melhor veículo de uma discussão.
A pequena amostra já existente de um sistema de comentários abertos permite prever também a sua rápida asfixia em posts que nada têm a ver com a ideia original.
Para se poder usufruir das más experiências dos outros, recomendo a leitura do post "Comment post policy" em http://www.unix-girl.com/blog/archives/2004/10/

8:45 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Bem, acompanhando este debate no vosso blogue (já agora parabéns por terem suscitado tanta intervenção numa Arqueologia portuguesa que cria moribunda) não posso deixar de fazer duas observações ligadas como o debate.
Ponto prévio: penso que um GAT ou TAG PODE SER (como diria o outro) uma oportunidade interessante para discutir teorias... Agora conhecendo um pouco este País, não querendo ser ciníco, duvido que se discuta mais que o tamanho do ego e inteligência de cada um. Mas pode ser que me engane...
Primeiro: a Teoria não é um fim em si próprio e sem a prática... Agora admito que muitas vezes se vai para o campo ao sabor do vento que sopra... normalmente de outras paragens e traduzido ou assimilado de forma acrítica de forma a mostrar que 'burro velho' (a Arqueologia tuga atenção, ninguém se ofenda) afinal sabe aprender línguas e tal como um papagaio as recita também.
Segundo:
Existem vários congressos, mesas-redondas, etc. que se realizam em Portugal onde se pode aproveitar para discutir. Honra seja feita ao Gonçalo (concorde-se ou não com ele), ele é um dos poucos que suscita e anima os debates. Mais, em Portugal ninguém vai a um Congresso por mais interessante que seja se uma destas condições esteja reunida:
- apresentação de comunicação
- apresentação de comunicações de escolas, empresas ou grupos a que pertencemos.
Mesmo quando estas condições estão reunidas só se vai ouvir a comunicação que nos interessa (como se tudo o resto seja desinteressante porque não são as nossas ou a dos nossos amigos) e diz-se condescentemente das outras que não são a nossa área - ou seja, se a Arqueologia não é a nossa área qual é que será? A gastronomia ou a enologia, certamente!
E depois há este receio surdo que me faz não assinar este comentário, pois, se vivemos numa democracia, convém não fazer critícas às poucas e sábias mãos que nos alimentam (literalmente). Aliás quantas vezes quis comentar intervenções em Congressos e ´não o fiz porque uma crítica minha construtiva mais forte poderia indispor o comunicante (isto foi algo que aprendi logo na Universidade.
Por último, perante a situação que a Arqueologia tuga vive (fusão) por mais que TAG's sejam importantes, vejo toda a gente muito quieta e contente como se nada estivesse para acontecer com o esvaziamento de competências do Estado no domínio da Arqueologia tuga. Se ainda compreendo a posição dos arqueólogos universitários (pode ser que mais tarde se arrependam) já o silêncio das empresas é mais bizarro! Será que ainda não compreenderam que se desaparece (não de lei mas de facto) a fiscalização na burocracia dum mega IPPAR, desaparece também um mercado de quase pleno emprego e de oportunidades de negócio para as empresas?
Bem já vai longo, portanto termino com um sugestão: próxima semana vai decorrer um Congresso de Arqueologia no Alto Douro com Sessões bastante interessantes e correspondente parte social. Talvez este novo espírito dialéctico e participativo possa passar por lá?

7:25 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Concordo. "... a Teoria não é um fim em si próprio e sem a prática..." e a Prática também não é um fim em si própria e sem a Teoria...
Se calhar "ambas as duas" são meios para fazermos da nossa ciência um todo. E o pessoal não pode andar para aí só a adquirir uma boa musculatura, sem apelar ao exercício mental!
E há por aí alguma bibliografia importante que devia ser lida. Podemos também pensar informarmo-nos uns aos outros aqui neste espaço.

10:23 da tarde  
Blogger Gonçalo Leite Velho said...

Volto a referir o que estava no comentário a um post anterior: o erro está em crer que existe tal coisa como uma teoria separada da prática (volto a VOJ).
Há quem queira transmitir essa ideia, criando a prática do discurso teórico, mas sendo claro o outro sentido do discurso da sua prática. Esta aparente incoerência faz parte de uma acção vigente.
Um discurso é uma prática e a prática é um discurso e o nosso desafio está em que analisemos isso a fundo de futuro.

12:53 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Errare humanum est...
mas é claro que está tudo ligado.
Mais, não há uma Teoria que tudo explique e unifique. Existem várias que são aplicadas no terreno por forma a melhor se adpatarem aos desafios que nos são colocados e de preferência o menos ad hocamente possível.
De resto recomendo a audição duma canção dum rocker brasileiro esquecido dos anos 70, Raúl Seixas. A música "Metamorfose ambulante" reza mais ou menos assim no refrão:
"Prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter essa velha opinião sobre tudo
(...)
Eu vou desdizer tudo aquilo o que eu disse antes"
Além de ser humano errar a hipocrisia também está na nossa matriz geneocultural (eu incluído, naturalmente!...

1:12 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Caros colegas: a ideia de duplicar o TAG inglês p/ um GAT português é excelente! Lembrem-se de ke será o nosso primeiro, não necessita de ser algo extraordinário, apenas a primeira introdução ao assunto. Necessitamos apenas de garantir 2 coisas: sala e oradores. A sala pode ser GRATUITAMENTE pedida a faculdades (FLUL; FLUP; FLUC; FLUA; etc.)/ museus / cãmaras / juntas, etc. Os oradores bastar-se-ão entre (mínimo) 15-20, afim de garantirem o evento p/ 1 dia (mínimo tb). O começar é ke é difícil, mas, precisamente tb é no começãr ke está o "ganho"! Julgo eu, ke tanto as dificuldades como os riscos são mínimos. Talvez até tão somente incomodar alguns "faustos deuses" da Arqueologia Lusitana; isso até me soa muito bem...

Para a parte organizativa teremos ke ser melhores de ke "Os ditos deuses", ou seja haverá convites p/ qualquer tipo de orador...sim, até p/ os "omnipotentes deuses"; não esquecendo uma certa selecção de conteúdos (indispensável)p/ qualquer apresentação; dividindo ou misturando incluso os "sapientes" c/ os "menos sapientes" (coisa horrível de se dizer, mas enfim, vocês percebem). Vamos pensar e avançar! Quanto a dinheiros p/ divulgação (se os houver) ter-se-à de tentar achar apoios entre várias entidades. Não é ke seja fácil, mas até p/ o nosso 1º (de muitos) congresso teórico, parcos valores podem ser utilizados amíude.

Ah, é verdade, reparei no impressionante nº de "anónimos" ke existem; será possível que a Arqueologia Lusitana seja algo de ilegal / proibido / perigoso / perseguido, etc.? Do quê ou de quem temos nós todos medo? Estas nossas ideias só poderão valorizar o ambiente intelectual dentro da nossa ciência preferida, então proponho enfrentar o "touro pelos cornos". Embora o ensino da arqueologia não seja grandemente apoiado nas teorias em voga, facto é, ke os "ditos deuses" a lêem e usam a seu belo prazer; divulgando-a (minimamente) à posteriori, tanto como uma disciplina "uni-celular" assim como uma plataforma p/ formularem os seus "excelsos" e transcendentes pensamentos. Terá de partir de nós, a vontade de mudar o tradicional rumo das coisas. P/ frente rapazes i raparigas da minha terra, nós "semos" capazes. O 1º passo é, precisamnete, introduzir o tal GAT. Temos de entender ke tanto escavar como pensar fazem parte integrante da arqueologia; alguém ke pensa/escava de maneira diferente não é um inimigo "normal", mas apenas 1 colega ke sente cognitivamente de maneira alternativa. O importante é o facto tangível da sua contribuição p/ o pleno desenvolvimento científico, e isso terá sempre ke ser apreciado, ker gostemos ker não.

Passo aqui da "teoria à prática": de anónimo (medroso) a "nomeado". O meu nome é José Freire (Lisboa) e estudo / trabalho em arqueologia (quando possível)desde 1991. E-mail p/ "arqueologistas": jfreire444@hotmail.com! Persigam-me ou tentem calar-me de novo...please...

Se existirem pessoas sinceramente devotas ao "projecto GAT", eu afirmo-me interessado em TRABALHAR / participar nas sua organização, pretendendo até apresentar comunicação (se possível). Lembrem-se de novo, façamos algo "light" p/ começar, bem organizadinho e não tão "megalómano e à portuguesa" como "todos" gostamos (pelos menos não p/ já, ok?).

Bem Hajam!

José Freire

11:58 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Vocês têm um problema religioso mal resolvido. Imaginam um olimpo, descobrem-se fora do olimpo e querem lá chegar. Não é difícil. Ler e amadurecer; ler e amadurecer; ler e amadurecer. Depois escrevem uns "artiguitos" e, quando menos esperam, têm umas criançolas a chamar-vos deuses.
Lá na minha "casinha" (mais ligada às "naturalidades") funciona assim em muitas áreas. Em terra de cegos...

6:34 da tarde  
Blogger Sergio Pereira said...

Temos que começar a dar forma ao modelo. Gosto da sugestão “light” sugerida pelo José Freire.
Na minha opinião a GAT ou TAG, deve ser um grupo completamente independente, sem qualquer ligação com instituição de ensino ou de pesquisa. Digo isto, justamente para evitar pressões e influências dos mesmos.
O seu primeiro encontro deverá ser realizado em território neutro, ou seja, num sítio que não exista qualquer vínculo com instituições de ensino, para evitar o “ciúme académico”.
Agora, precisamos avançar com sugestões para serem debatidas:

“Secção Arqueologia de Emergência e/ou Salvamento”
1ª) Teoria e métodos da arqueologia aplicados na arqueologia de salvamento e/ou emergência.
Inúmeros dos sítios arqueológicos são descobertos ao acaso, no meio a uma construção ou uma obra. Uma equipa de arqueólogos é para promover um salvamento do sítio, caso ele esteja em destruição iminente.
As escavações de emergência realizam-se perante a ameaça de destruição de um sítio arqueológico. O seu objectivo é o de recolher o máximo de informação e material arqueológico possível.
No entanto, esta é uma modalidade de escavações que necessariamente dispõe de um período de tempo muito mais reduzido que uma escavação convencional, pelo que determinados processos serão acelerados. Os custos destas escavações devem ser assumidos pelo proprietário da obra que ameaça o sítio. Caso a importância do sítio arqueológico o justifique, a obra pode mesmo ser embargada, enquanto que por outro lado, um sítio de dimensões e importância reduzidas poderão apenas afectar uma parte da obra por alguns dias, ou mesmo não afectar de todo os trabalhos de construção.

2:44 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Matar os pais, ou os deuses, pode ter interpretações várias. Eu que não fui maltratado pelos ditos, não vejo razão para muitas das coisas que leio aqui. Fico perplexo com as experiências que alguns relatam (perseguições de que temem vir a ser alvo, pressões inimagináveis, etc.)e que eu não vivi. Não se trata de «mitos» urbanos ou universitários? No universo pós moderno que muitos dizem integrar, há lugar para todos, e os «velhos» (de 40-50 anos!!) talvez possam ainda contar coisas interessantes. Não vos parece? O pensamento não se espartilha, e o racismo e a discriminação (seja entre pretos e brancos, homens e mulheres, processualistas e pos modernos, ou novos e velhos) devem decartar-se. As novas ideias não são apanágio de uma geração que tem agora 25/35 anos. Nem todos os velhos, nem todos os profs., nem todos os deuses são mafiosos, persecutórios, vingativos e invejosos. É um problema de carácter, não de geração. E conheço, infelizmente, muitos jovens que são mal formados, não são sérios, trabalham mal e têm falta de carácter.
Revejo-me, portanto, nas palavras de quem escreveu que há em muitos testemunhos um problema que tem que ver com a vontade de entrar no Olimpo.
O mundo não é a preto e branco, e há lugar para historico-culturalistas, pós modernos, processualistas e até para novos e velhos. Presumir que apenas os jovens podem dizer coisas sobre a teoria na arqueologia é estar, à partida, a impor limites inaceitáveis e discriminatórios. Aliás, a maior parte do que tenho lido aqui revela um profundo desconhecimento sobre as questões teóricas básicas da nossa disciplina. Identifico, contudo, raiva mal contida, ressentimentos, e ressabimentos que me fazem supor que, assim, o nosso TAG ou GAT não me venha a interessar.

10:57 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Matar os pais, ou os deuses, pode ter interpretações várias. Eu que não fui maltratado pelos ditos, não vejo razão para muitas das coisas que leio aqui. Fico perplexo com as experiências que alguns relatam (perseguições de que temem vir a ser alvo, pressões inimagináveis, etc.)e que eu não vivi. Não se trata de «mitos» urbanos ou universitários? No universo pós moderno que muitos dizem integrar, há lugar para todos, e os «velhos» (de 40-50 anos!!) talvez possam ainda contar coisas interessantes. Não vos parece? O pensamento não se espartilha, e o racismo e a discriminação (seja entre pretos e brancos, homens e mulheres, processualistas e pos modernos, ou novos e velhos) devem decartar-se. As novas ideias não são apanágio de uma geração que tem agora 25/35 anos. Nem todos os velhos, nem todos os profs., nem todos os deuses são mafiosos, persecutórios, vingativos e invejosos. É um problema de carácter, não de geração. E conheço, infelizmente, muitos jovens que são mal formados, não são sérios, trabalham mal e têm falta de carácter.
Revejo-me, portanto, nas palavras de quem escreveu que há em muitos testemunhos um problema que tem que ver com a vontade de entrar no Olimpo.
O mundo não é a preto e branco, e há lugar para historico-culturalistas, pós modernos, processualistas e até para novos e velhos. Presumir que apenas os jovens podem dizer coisas sobre a teoria na arqueologia é estar, à partida, a impor limites inaceitáveis e discriminatórios. Aliás, a maior parte do que tenho lido aqui revela um profundo desconhecimento sobre as questões teóricas básicas da nossa disciplina. Identifico, contudo, raiva mal contida, ressentimentos, e ressabimentos que me fazem supor que, assim, o nosso TAG ou GAT não me venha a interessar.

10:58 da manhã  
Blogger trainzeiro said...

Com tantas palavras em inglês, o futuro encontro será com base na lingua inglesa.

11:53 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

José Freire: O tal Olimpo deveria estar ligado ao devido acompanhamento académico da componente teórica às práticas da arqueologia; como tal sucede raramente, lá se vai mais 1 "paraíso" em perspectiva. Por certo nem todos temos a mesma experiência de vida (felizmente), o facto de se tentar aceitar o/a "outro/a" c/ opinião contrária é, a meu humilde ver, meio-caminho andado p/ 1ª melhor actuação gregária. C/ respeito à referência a uma possível "raiva mal contida...", kero expressar que muitas individualidades graduadas da Arqueologia Lusa também a possuem (sim, tb entre eles); ignorá-lo é talvez ignorar parte do panorama nacional em questão, ou tão somente desconhecê-lo. Mas não é grave! O essencial é tentar-mos continuar a realizar (pouco ou muito)o melhor possível de entrega à nossa querida ciência favorita. Não será talvez necessário qualquer desinteresse relativo ao nosso possível GAT, só pq alguns de nós carregam mais peso do que outros; penso que deveria sempre haver lugar p/ todos.

Aliás, esta conversa de quezílias internas está há muito por entre o panorama arqueológico nacional, pelo que não só possui 1ª existência sistemática como uma quase constante clonagem p/ entre gerações. O engraçado é ke tb tenho igual conhecimento de iguais "procedimentos" a nível geral pan-europeu; algo talvez a deixar p/ alguma psico-análise futura sobre o stress dos "arqueologistas". Acho boa ideia acabar-mos c/ a choradeira local e finalmente avançar-mos p/ algo definitivamente construtivo...e que tal o dito GAT...?

Abraço

11:57 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

José Freire: Quanto à questão do Inglês, é absolutamente impossível afastá-lo das questões teóricas pan-europeias. Ele está presente através da fortíssima escola anglo-saxónica. O nosso GAT deverá no entanto ser expresso na nossa Língua Portuguesa; não fechando claro qualquer oportunidade futura de contactos / apresentações em Língua Inglesa, o ke seria imensamente enriquecedor.

Abraço

12:03 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Um arqueologista é um arqueólogo que tem uma loja?

12:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

«bon» e «maus» é uma dictomia inexistente. Entre o preto e o branco, é larga a quantidade de cinzentos.
Os olimpos não existem, a não ser na cabeça de alguns, justamente os que pensam que não o integram.
Há que ler e pensar e amadurecer. Ler e amadurecer

12:33 da tarde  
Blogger Sergio Pereira said...

Sem querer alimentar polémicas, não posso deixar de fazer uma observação ao seguinte comentário anónimo.

“Fico perplexo com as experiências que alguns relatam (perseguições de que temem vir a ser alvo, pressões inimagináveis, etc.)e que eu não vivi. Não se trata de «mitos» urbanos ou universitários? No universo pós moderno que muitos dizem integrar, há lugar para todos, e os «velhos» (de 40-50 anos!!) talvez possam ainda contar coisas interessantes. Não vos parece?”

A descriminação dentro da comunidade arqueológica e algo que sempre existiu e sempre existirá ao menos que aconteça uma mudança nas mentalidades. O que acredito que este Blog propõe.
Agora, não acredito que os “velhos” possam contar algo interessante (talvez 1 ou no máximo 2). Porém, se estivessem interessados em melhorar o panorama da arqueologia nacional, já teriam feito algo.

1:17 da tarde  
Blogger Joaquim Baptista said...

Será que estou a assistir a alguma realidade pós-modernaça? E se voltassem à realidade?

1:50 da tarde  
Blogger Sergio Pereira said...

Voltando ao assunto do GAT ou TAG, gostaria de saber a vossa opinião sobre os assuntos proposto por este post. Num comentário meu, sugeri uma questão para ser debatida. “Teoria e Métodos da Arqueologia Aplicados a Arqueologia de Salvamento e/ou Emergência”. Qual a vossa opinião?

2:07 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não percebo o australopithecus XXI. Sei bem que há muita coisa que está mal. Não sou naif nem cândido. É verdade que os arqueólogos das gerações anteriores nem sempre se portaram de forma isenta. E os de agora? Somos todos fantásticos, bons, isentos, sem mácula? O panorama da arqueologia nacional não é bom. De acordo. A culpa é apenas dos cinquentões e sessentões, que não fizeram nada, como disse o australopithecus, para melhorar a mentalidade? E os de 30, que estão no IPA, no IPPAR, nas câmaras, nas empresas, nas universidades? já fizeram alguma coisa? Quantos não perseguem e não violam códigos de ética? Quantos, abusando da sua vã glória de mandar, não fazem igual ou mesmo pior do que os antecessores. Quantos atropelos foram já praticados pelos jovens «bons selvagens», plenos de generosidade e de cérebros cheios de teoria. Os exemplos das arbitraiedades e da multiplicidade de critérios na avaliação dos projectos, dos relatórios e na fiscalização, praticados por jovens arqueólogos sem sombra de pecado,são tantos, que dariam para encher muitas páginas. Pelo que me dispenso de os nomear. Onde devemos então pôr a fronteira da juventude? Onde acaba a idade da inocência? Aos 18, aos 20, aos 25? Pensa que este blog propõe uma mudança nas mentalidades? Dá para ver que não. As mentalidades não se alteram desta forma. E, deixe-me acrescentar, que sim, acredito que serão mais de 1 ou 2 os que entre os 40 e os 60 anos poderão dar um importante contributo para a discussão teórica no âmbito da arqueologia. Até porque a avaliar justamente pelos comentários que aqui tenho lido, não me parece que entre nós, os jovens, existam muitos que tratem por tu a teoria. Pelo contrário, verifico grande confusão nos conceitos.
Mas os organizadores lá saberão como organizar o TAG da juventude. O que vejo é que isto está a tomar um rumo que não me agrada nada, um rumo que é demasiado redutor para quem alardeia tanta tolerância.
Se a descriminação sempre existiu, como você diz, quer continuar com ela. Não lhe apetece, para variar, ser diferente, tolerante, despir-se de preconceitos? Ou quer ficar igual aos que critica: preconceitoso e descriminatório?

2:12 da tarde  
Blogger Gonçalo Leite Velho said...

Se formos a descartar sítios por medo de ferir susceptibilidades, não fazemos isto nem em Marte :)
O que vou sugerir parte do modelo do TAG e não só.
A minha proposta é a seguinte:
- O GAT (Grupo de Arqueologia Teórica) é um grupo de trabalho alargado que inclui todos aqueles que participam na conferência anual. A cada conferência, ao pagarem a inscrição, os participantes passam automaticamente a membros do GAT.
- O GAT tem uma Comissão composta por um moderador, um tesoureiro, um secretário e 3 vogais, que são eleitos anualmente na Assembleia Geral do GAT. Esta Assembleia Geral realiza-se sempre na última tarde do congresso anual, sendo moderada pela Comissão.
- À Comissão cabe o papel de garantir que o encontro anual se realizará, permitindo assim que o grupo prossiga.
- Para a organização da conferência anual são colocadas propostas, à Assembleia Geral do GAT, que elegerá a que considera mais apropriada. Estas propostas são colocadas por um indivíduo ou grupo, devendo conter todas as informações relativas às condições de realização do Congresso (local, datas, logística, etc).
- É da responsabilidade do organizador da conferência anual publicar as actas do encontro, podendo ser utilizado o suporte electrónico, ou outro que o organizador considere mais válido.
- As actas do encontro deverão ser publicadas anteriormente à realização do encontro seguinte. Caso tal não aconteça a edição passará a ser da responsabilidade da comissão executiva, perdendo o organizador todos os direitos de editor.

Algumas outras notas:

O GAT não pode ser uma coisa tipo "fogacho". Tem de se estabelecer uma dinâmica que permita que o acontecimento se repita ano após ano.
Para já deve-se estabelecer uma Comissão Provisória, como acontece com as associações. Como as coisas têm passado por este blog penso que a Comissão Provisória passa pelas pessoas que têm vindo a dedicar mais tempo a esta ideia, mas temos de dar o salto para uma outra realidade. Acho que a questão dos nicks tem sido de facto um problema. Parece de facto um baile de máscaras.
Notem que esta comissão provisória é apenas o motor de arranque.
A minha ideia passa para que se abra um convite à apresentação de propostas para a realização do TAG 2007, sendo que a escolha da proposta vencedora para este congresso seria decidida, excepcionalmente, pela Comissão Provisória.
Isto iria permitir que as propostas não eleitas pudessem manter a sua vontade de organizar o encontro, abrindo portas ao seu futuro. De igual modo teríamos a oportunidade de termos várias propostas concorrentes com uma ampla variedade de modelos. É que um encontro não se resume a um modelo e é mesmo este espaço de inovação que pode ser aproveitado pelos organizadores ao longo do tempo para manter o interesse na iniciativa.
Em 2007 teremos um modelo, em 2008 pode haver outro, em 2009 outro, e por aí adiante (o TAG inglês existe desde 1979, algumas das regras que aqui exponho fui buscá-las ao modelo do CAA que funciona à mais de três décadas!!!).
Por experiência sei que organizador é sobretudo a vítima (mais ou menos inocente) que apanha com o trabalho todo :). Mas este modelo permite que hajam diferentes protagonistas ao longo do tempo, permitindo que todos possam beneficiar de poderem ter um dia o trabalho de organizar a conferência.
Se a ideia resultar teremos propostas logo no início que chegariam para irmos até 2010.

2:19 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não existe, de facto, ensino secundário em Portugal desde a reforma de Roberto Carneiro, em 1990. É notório que as gerações que chegam às universidades desde então excelem, para além da sua imensa ignorância, pela incapacidade mental em desenvolver associações e raciocínios complexos e pela completa ausência de hábitos de estudo.
O negócio do "ensino superior" ajustou-se rapidamente a esta situação e reduziu o nível de exigência teórica global ao nível das antigas escolas industriais. A palavra "superior" vale hoje o mesmo da velha lira italiana e o país está invadido de neo-ignorantes licenciados, que foram culturalmente educados desde crianças para serem génios e homens (e mulheres) de sucesso, com direito a carros potentes, grandes salários e cargos dirigentes, nos mundos empresarial, administrativo e académico.
Naturalmente que o mundo real é um horrível pesadelo para estes jovens adultos. Cerca de 80% não compreende o que pode de mal ter sucedido e tornam-se ressabiados lamechas que vivem em casa dos pais até aos 30 ou 40 anos, com delírios persecutórios contra o mundo que atraiçoou as suas expectativas.
A situação é idêntica na área da Arqueologia. Com as grandes alterações legislativas na ordenação do território a que Portugal se viu obrigado pela sua entrada na UE foram necessários de repente 600 arqueólogos para validar as obras de empreiteiros e presidentes de câmara. O "ensino superior" criou cursos técnico-práticos de arqueologia e permitiu a creditação profissional fácil a "licenciaturas" locais tiradas em universidades fantasmas, em que não é necessário saber nem matemática, nem história, nem português, nem sequer línguas estrangeiras.
O resultado foi a criação de um enorme exército industrial de reserva, de muitos milhares de "arqueólogos" sem qualificações decentes nem perspectivas de trabalho, que fazem fila para realizar os trabalhos sujos e muitas vezes ilegais das câmaras e empresas de construção.
Claro que há também uma minoria de ambiciosos, persistentes e submissos, marrões ou com verdadeiro gosto do estudo, que se especializam em pequeníssimos nichos e estão dispostos a anos de sacrifício para singrar na "cosa nostra" da academia portuguesa.
Outros, enfim, emigraram assim que puderam, como este Vosso servidor.

5:26 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Partilho com Paulo Silva a maioria do que diz a propósito do estado de menoridade mental de grande parte da arqueologia portuguesa. Dessa menoridade falam, aliás, os testemunhos aqui deixados por muitos colegas nossos. Infelizmente, não pude emigrar. Mas, ainda assim pude fazer algumas coisas.

7:05 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Será um GATinho!

9:33 da tarde  
Blogger Sergio Pereira said...

Sr. Anónimo
Concordo com tudo em relação ao seu último. Porém, acredito que houve um mal entendido em relação ao meu comentário.

Citando anónimo:
"Se a descriminação sempre existiu, como você diz, quer continuar com ela. Não lhe apetece, para variar, ser diferente, tolerante, despir-se de preconceitos? Ou quer ficar igual aos que critica: preconceitoso e descriminatório?"

No meu comentário faço apenas uma afirmação (denuncia) em relação a existência da descriminação que ao meu ver é uma grande imbecilidade.
Preconceito e descriminação são palavras que não existem no meu dicionário.
Quanto aos mais velhos, costuma-se dizer que o exemplo vem (ou deveria vir) de cima...
Um abraço

11:40 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Estou de acordo com o Gonçalo sobre a estrutura básica do futuro (se é que alguma vez se confirmará...) GAT. Mas começo a ter muitas dúvidas sobre a exequibilidade deste projecto quando vejo alguns dos comentários que já se colocaram online. Ostracizar os "velhos" (como sinónimo, sobretudo, de universitários) é um erro crasso, para além de não entender muito bem o que significa este conceito de "velho". Para quem não tenha um mínimo de conhecimento sobre como de constrói a experiência humana e como evolui o nosso cérebro, pensar que aos 25 ou aos 30 anos se é capaz de elaborar grandes elucubrações teóricas poderá parecer perfeitamente normal. Mas esta não é a realidade dos factos: existem, certamente, génios que são capazes de grandes proezas teóricas antes de atingidos os 40 anos de idade, mas, como sucede com todos os génios, aparece um muito de vez em quando. Na maioria dos casos, não será de esperar que tenhamos capacidade para pensar abstractamente de forma eficaz antes de termos conseguido acumular uma experiência vivencial e intelectual suficiente para podermos reflectir sistematicamente sobre as "coisas". Os grandes pensadores quase nunca o são antes da "meia-idade", quando um trabalho de muitos anos começa a dar os seus frutos, isto é, entra na fase de plenitude enquanto a coerência e inteligibilidade.

Tenho 42 anos e não me considero um "velho", antes pelo contrário vejo-me como ainda bastante jovem e só agora me começo a atrever a entrar neste campo tão "lodoso" do pensar os fundamentos científicos da Arqueologia. Muito por fruto da necessidade de elaborar uma dissertação de doutoramento que, desde início, decidi não levar pelo caminho da arqueografia inconsequente (que, para muitos, e digo infelizmente, ainda é considerada a única forma "séria" de fazer Arqueologia). Costumo desconfiar tanto daqueles que defendem que a reflexão teórica não tem cabimento na "realidade" da praxis da disciplina (os que perguntam porque não discutimos o sexo dos anjos) como dos ainda jovens que escrevem intragáveis discursos pseudo-teóricos que, analisados a fundo, não são mais do que incessantes e não menos intragáveis repetições de ideias feitas que se repetem continuamente no seio de uma pseudo-escola que vive debruçada sobre si mesma (quem conhece a realidade da Arqueologia espanhola saberá a que me refiro). Os primeiros engrossam as fileiras dos "operários" da Arqueologia e transformam uma disciplina científica (ou, pelo menos, para-científica) numa mera aplicação de normas técnicas, os segundos contribuem para o seu estancamento e descredibilização.

No entanto, como dizia alguém um pouco antes, há lugar para todos, pois há necessidades que serão preenchidas por diferentes pessoas. Mas, por favor, aqueles que não se interessam pela organização de um GAT, que não querem ter nada a ver com o tema, inclusive aqueles que acham que é uma pura perda de tempo, por favor, mais uma vez, deixem que os restantes, os que querem levar este projecto avante, tenham ao menos algumas ilusões de que é possível a organização de tal tarefa.

Paulo Félix
pfelix_pt@yahoo.com.br

2:50 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Esta discussão está a fazer-me lembrar a história do Velho do Restelo. E nós bem sabemos que a geração rasca, por exemplo, não é rótulo que se cole em toda a gente daquele ano, ou daquela década ou daquele período. Então não coloquemos rótulos acreditando solucionar a questão fulcro.
Quando se avança para a criação do que quer que seja, já se imagina que existirão muitas vozes negativas, vozes positivas e outras neutras. Como todos sabemos, é usual que seja assim... acreditarmos na possibilidade contrária levar-nos ia a desenvolver uma depressão a posteriori! Mas mesmo assim temos que tentar.
Devíamos concentrar-nos mais nas propostas que foram aqui feitas. Como ninguém é obrigado a participar nelas, nem a concordar com elas, será sempre um debate livre. Não há dúvida que é sempre espirituoso ouvir as vozes mais patéticas que se “alevantam” sobre isto e sobre aquilo.
Gostaria particularmente que nos debruçássemos sobre os temas avançados sob o título OJECTIVANDO O DIÁLOGO entre outros efectivamente importantes. Falarmos de questões de idade ou de cor não me parece relevante. A não ser que queiramos neste espaço criar outro espaço intitulado PORTUGA: combater os velhos, combater os da instituição A, combater os da entidade B…
Este espaço pretendia avançar alguma inovação. Se todos pensamos que sabemos o que é preciso fazer. Que se avancem ideias!
Como muitos dos que aqui estamos, no dia a dia, tenho ouvido arqueólogos de empresas, arqueólogos do Ipa, arqueólogos do Ippar, arqueólogos das universidades, arqueólogos das câmaras, arqueólogos interessados na teoria, arqueólogos interessados na Pré-História, arqueólogos interessados no período Romano, arqueólogos interessados por temas mais específicos ou menos particulares. Há tudo. Mas como não vale a pena tapar os olhos com peneira realizando um referendo sobre o aborto, querendo fazer-se crer que a questão está resolvida, também nós não podemos querer resolver a nossa questão sem procurar soluções concretas para o verdadeiro tema: que pensamento da arqueologia existe?... Que sentimento há na praxis da arqueologia em Portugal?...O que está mal e que passos se devem tomar para colmatar o mal e avançar como um grupo (heterogéneo… como somos cada um…), mas um grupo unido que represente a arqueologia que se faz num Portugal, inserido na Europa e no mundo.
Avancem-se aqui assuntos possíveis de debater no GAT, por favor! E depois pensemos em estruturar o acontecimento.
Bom dia!

8:49 da manhã  
Blogger Joaquim Baptista said...

Caros Arqueólogos não desdenho esta vossa iniciativa de falar sobre a teoria arqueológica, mas já assisti a tanta conversa, tanto paleio sem fruto, que sou muito céptico em relação a estas coisas. Não tardará começar o barulho e os ataques pessoais do costume. Vejam o que tem acontecido aos foruns de arqueologia. Um sintoma de que muita gente não está à séria é o número de anónimos, gente que gosta de "mandar umas bocas" e ficar na paz dos anjos. Não vou fazer mais nenhum comentário desanimador e desejo ao Gonçalo felicidades na tarefa que entusiasticamente está a promover com os autores deste blog. A propósito quem são os autores do Blog? Se se soubesse sempre dava outra credibilidade

9:17 da manhã  
Blogger trainzeiro said...

Chega de lamúrias !
Vamos para a frente discutir esta coisa !
Se puder ir a o encontrar do GATinho, levo as BOTAS !

10:14 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Uma resposta à questão de Bota: arqueologia pretende estudar o homem inserido num tempo e espaço. Depois há que apreender o objecto de estudo no seu todo, até nos ser possível. Neste estudo é preciso considerar as limitações das técnicas usadas, considerar a existência do sujeito, contextualizado num espaço e tempo, e portanto mais ou menos consiente das aprendizagens coevas. Pretende-se a nossa identidade.
Debata a minha doxa, por favor!

10:29 da manhã  
Blogger Sergio Pereira said...

Caros Participantes,

Independentemente de serem novos, meia-idade ou velhos! pós, pós-pós ou
ultra-pós- modernos; anónimos ou não, gostaria que mantivéssemos as questões
em torno do assunto levantado. Este post foi aberto para que nele se
debatessem ideias em relação à criação do GAT ou TAG (proposto pelo Gonçalo) e vamos continuar a insistir nisto, mesmo que existam somente 3 ou 4 pessoas com este mesmo
objectivo.
Volto a lembrar a enorme quantidade de sites (vide links deste blog)
estrangeiros que falam sobre teoria.
E nós?...falamos sobre o quê?
O Post anterior Objectivando o Dialogo, levanta algumas questões que
deveriam ser debatidas com o objectivo de preparação para o ano que vem.
Porém, parece que a maioria prefere desviar a conversa ou ignorar a questão,
quando o assunto se torna mais sério.
Fazendo uma rápida leitura pela totalidade do blog, vemos que algumas
questões mais polémicas nunca foram debatidas.
Até o momento, pouco ou quase nada foi falado e discutido sobre teoria,
métodos, éticas e valores na arqueologia.
Será que isto é o espelho do actual panorama da arqueologia portuguesa?
Esperamos bem que não.

11:50 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Confesso que me inquieta o GAT, e inquieta-me porque ainda não vi nenhuma proposta coerente sobre um tema ou um assunto concreto a discutir ou a debater. Quando pedem para objectivar o diálogo, o que se diz é uma quantidade de banalidades e de lugares comuns . Ética, arqueologia privada versus pública, Ciência ou técnica, etc. são assuntos importantes e que podem conter teoria e ter que ver com os método. Mas vejo-os tratados de forma muito pouco «teórica». Sem presunção, suspeito que a grande maioria dos que puseram comentários neste blog terão lido muito pouco de teoria. Atrevo-me a imaginar que Thomas, Shanks, Tilhey e porque não Hoder, Renfrew, Kristiensen. Frankenstein, Rowlands, Triger serão conhecimentos muito superficias. De teoria e de método: népias, zero, raspas, nada.
Ou seja: a inquietação é grande porque aparentemente ninguém sabe muito bem, afinal, do que está a falar. Temas concretos para um GAT? onde estão. Teoria e prática, onde é que elas andam? Invetivam-no a apresentar propostas, em textos recheados de, repito, lugares comuns. Espero que o Gonçalo consiga por ordem no caos e apelo, portanto, para que avance tendo em conta a situação que se desenha a partir deste blog. Ou corremos o risco de transformar uma boa ideia não num baile de máscaras, mas num baile dos bombeiros: muito kicth, por mais que o kisth também se possa teorizar. A pobreza teórica dos comentários dos que pensam que os mais velhos não têm já nada para dizer faz-me descrer na minha geração e pensar que pelos menos os VOJ, SOJ, VG e Valera sabiam , pelo menos, do que estavam a falar, quando falavam de teoria. Teoria na arqueologia empresarial: entre o desejo e a realidade. Podia ser um bom tema para o GAT.
Mas é bom que não esqueçamos que a teoria não é a teoria das bocas à mesa do café, que os textos teóricos são para ler, que há que enquadrar as leituras nas realidades que analisamos, que é obrgatório reflectir sobre um passado que serve para construir o futuro. Que há um passado e um presente na teoria arqueológica que não se devem ignorar. Que o histórico culturalismo de hoje não é igual ao que os ingleses produziram na década de 40 do século XX, que o processualismo (tantas vezes erradamente confundido com arqueografia) é incontornável na história do pensamento arqueológico, que os marxistas e neo-marxistas beberam no processualismo e que este não se deve demonizar apenas porque a visão antropológica o dominou. A teoria tem um conteúdo filosófico que não é compatível com as «bocas» sobre o estado da arqueologia portuguesa e com a culpabilização de uns e de outros por esse facto.

12:28 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Em primeiro lugar parabéns pela iniciativa.
Venho acompanhando o debate em off e tenho que louvar a ideia de tornar público e objectivar temas que ainda são considerados “tabus”. Observo também que a vossa iniciativa anda inquietando algumas pessoas.
Bem, não se pode agradar todos...
O mais caricato é que até agora ninguém tinha pensado nisto da GAT ou TAG e quando surge uma ideia e uma oportunidade para ser debatida em público, aparece também alguém para criticar ao invés de ajudar.
Tenho a certeza que alguns do comentários aqui escritos cheiram a “dor de cotovelo” por não terem eles sido os responsáveis pela ideia.
Também observo que algumas pessoas não prestam atenção no que lêem antes de escreverem o seu comentário. Passo a citar:

“Quando pedem para objectivar o diálogo, o que se diz é uma quantidade de banalidades e de lugares comuns”

Devo ser muito ingénuo mais parece que a intenção do post foi dar ideias, das quais não vejo banalidade nenhuma, mais sim realidades para debates.
Quem anda constantemente em campo sabe da deficiência que existe na formação universitária. Será suficiente a teoria e o método que são ensinados (quando o são) na faculdade? Acredito que todos sabemos a resposta.

Outras pessoas vestem a capa do anonimato (com todo o respeito pela opção) para com toda a sua sapiência darem o seu parecer crítico a iniciativa, ao invés de contribuírem com propostas objectivas para o debate.
Sou obrigado a concordar com um comentário aqui feito: “O exemplo deveria vir dos mais velhos”. Porém...
Acredito que este “movimento” surge (e ainda bem) com o descontentamento e com a necessidade de debater se a forma actual de pensar e actuar na arqueologia praticada em Portugal e a mais correcta ou não?
Caros colegas de profissão, no fundo da nossa massa cinzenta, sabemos que a actual forma, possui inúmeras deficiências. Por isto, vamos aproveitar a oportunidade e tentar algo de novo.

As minhas sugestões são:
Teoria e métodos aplicados a sítios funerários
Teoria aplicada na reconstrução de espaços temporais
Teoria e métodos aplicada a preservação do património arqueológico
Teorias multidisciplinares como auxilio da arqueologia.

Ao contrário de muitos, podem contar com a minha ajuda.
A. Pereira.

4:52 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Um cenário teórico-prático muito sério

Um(a) jovem arqueólogo(/a) a fazer uma empreitada de emergência por conta de uma câmara de uma empresa está no fundo da escala social e profissional da arqueologia.
A sua autonomia é nula. Deve cumprir rapida e estritamente as obras que lhe são dadas, por um "arqueólogo-capataz" ou por um qualquer grunho director da obra.
As suas opiniões profissionais não têm qualquer peso.
Nem sempre pode assinar os relatórios do seu próprio trabalho nem muito menos escrever o que se passa na realidade. São obrigados por sigilo profissional a manterem o bico calado quanto a destruições planeadas, ocultações de descobertas e falsidades nos relatórios censurados ou habilidosamente escritos.
À primeira hesitação, má vontade, crítica ou revolta vão imediatamente para a rua ou são afastados de qualquer trabalho real.
Os que prestam provas de submissão, rapidez e pouca despesa são mantidos mais algum tempo. Se tiverem mau fundo entram rapidamente no sistema e tornam-se cúmplices dele, tornando-se corruptos, o que em alguns casos (mas cada vez menos) pode significar uma entrada para o quadro ou uma promoção.

Nestas condições terríveis de trabalho, como deve um(a) arqueólogo(/a) desempenhar a sua função da melhor maneira, simultaneamente em paz com a sua consciência e cumprindo o melhor possível a sua função de avalizador pericial dos vestígios do passado?

5:16 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Meu caro a.pereira:
Também eu saúdo a iniciativa. Também eu estou contente por acontecer um GAT em Portugal e em português e, imagine-se, até estou disposto a colaborar. Qualquer que seja o tema que venha a ser aprovado, garanto-lhe que lá estarei a apresentar um contributo. Juro-lhe que não tenho nenhuma dor de cotovelo ou qualquer inveja da iniciativa ter partido de outros, concretamente do Gonçalo por quem tenho adimiração pessoal e científica. Penso, portanto, que talvez exista aqui um problema de comunicação e eu não tenha sabido explicar as minhas inquietações, que sim existem. Assim explico:
1. não considero a teoria e o método temas tabus; pelo contrário incomoda-me que exista quem ainda não tenha percebido que não há ciência sem teoria e que a arqueologia não é uma técnica, mas uma ciência;
2. acredite que também sei que nas universidades o ensino da teoria e do método não são o suficiente para a nossa formação total. É só uma basesinha (aliás como tudo o que na escola é fornecido.Há que continuar a estudar sempre)
3. preocupava-me o facto de não existerem propostas concretas, situação por si colmatada com as que apresentou (tem que reconher que depois de 37 post ainda não existia nenhuma ideia concreta, mas um muro de lamentações várias e, mesmo, de alguns disparates);
4. continuo a pensar que este forum deixa a desejar em termos teóricos;
5. Sim li banalidades e lugares comuns;
5. a minha sapeência é muito reduzida.

7:19 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Preocupa-me a situação descrita por paulo silva, que sei verdadeira por já ter ouvido, mas felizmente nunca vivido, «coisas» igualmente aterradoras. Há que pensar que a APA deve servir para alguma coisa e que há situações que podem e devem denunciar-se (Aao IPA, ao MC, aos tribunais, publicamente). Mesmo que saiba que não é possível dar a cara por medo de represálias, tem que haver maneira de não perdermos todos o direito à indignação

7:23 da tarde  
Blogger SalsolaKali said...

Eu sempre pensei que, para se saber passar à “prática”, era necessário apreender a “teoria”. De que me serve ser atirada para dentro de um qualquer campo disciplinar, se não sei como, quando e porquê actuar? Serei eu mera executora de tarefas sincronizadas, ou devo usar a cabeça e questionar o que estou a fazer, como, porquê?

É que sempre pensei que as ideias e o pensamento eram um devir constante, e se hoje "pensamos" ou "sabemos" que algo é assim, amanhã eu ou alguém descobre que é de outra forma.
Sempre pensei que uma das funções mais importantes do investigador (é isso que os arqueólogos são, não? Estarei enganada?) é questionar, e que a diferença entre o verdadeiro musico, o compositor, o mestre, e o executante ou o mero amador é o conhecimento de fundo que cada um tem sobre a musica e as suas múltiplas possibilidades.
Ou será a arqueologia uma coisa do género: “Quem tem unhas toca guitarra”

Quem diz que não há pressão na arqueologia deve estar a brincar!
Há pressões em todo o lado, em todas as áreas, e a intensidade da contra-corrente é proporcional à importância, ao “status quo”, à influência e estabilidade que se tem para poder ir contra-corrente. Todos sabemos que há gente mais “intocável” que outra, e se isto funciona para o mal, tb funciona para o bem, felizmente.

De resto, a arqueologia não deve ser diferente que uma qualquer área ou disciplina e tudo o que nos rodeia está perfeitamente acente num jogo de poder e de influências que tem sempre os seus “podres”.
- Oh lari…! E então em Portugal… para quê mais comentários? Alguém ainda precisa de explicações depois de verificar o que se tem vindo a passar neste país nos últimos anos?
Se for preciso eu faço um desenho.


Quem classifica de velhos os jovens de 40 e 50 anos… bem, nem entro por aí que ainda me dá uma coisa má (e não me apetece ser mazinha).

Assim sendo meus amigos, ponham-se ao caminho!
Vamos lá tornar esta ideia da discussão ainda mais brilhante.
Vamos lá enriquecer a coisa, mas por favor, não a “institucionalizem”.
É que qd li um dos posts que mais parecia uma proposta de estatutos de uma coisa igual às outras todas… não entendo pq e que a tendência do portuga é logo para “institucionalizar” a coisa…
(sem mais comentários)

E por último, pegando no primeiro comentário, discutamos então o sexo dos anjos. Eu estou sempre disponível para derrubar tabus ao invés de os ir alimentando.

9:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

SalsolaKali
ainda bem que a ti não te serve ir para o campo sem a teoria... mas será que todos pensam o mesmo. Será que todos os arqueólogos e outros se questionam sobre a existência de uma teoria ou pensamento na arqueolgia antes de iniciar, durante e no fim de um trabalho de escavações de emergência, no meio da obra que decorre no meio da cidade que por acaso está no meio de um processo para se tornar uma cidade património... Cidade onde os cidadãos descansam porque a sua identidade histórica está guardada no museu e nada mais é preciso sentir ou questionar?
Que falta para que os técnicos não sejam Charlot nos Tempos Modernos?
Nada?... será que está tudo bem?

10:53 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Leiam no Desassossegos.
JPM

11:34 da tarde  
Blogger trainzeiro said...

Porquê teoria só para sítio funerários?
É A arqueologia vestida funil, apanágio dos míopes.

10:30 da manhã  
Blogger trainzeiro said...

Bem vamos lá co uma propsota(zita)s:
- teoria geral da arqueologia (que queremos fazer com isto?)
- teoria dos objectos (que significam eles afinal? como devemos olhar para eles: tipologia, função, arqueometrias, ...)
- teoria dos espaços (como olhar os espaços, suas escalas, sistemas de informação geográfica, ...)
- teoria dos arquétipos culturais (como olhar as culturas / cronologias)
- teoria da ética arqueológica (que queremos fazer com isto?)

Espero não ter rasgado as botas nestes gumes.
PS.: Para não me dizerem que só mando bocas.
PS.: Como faço arqueologia para ganhar dinheiro (pouco) a quem mando a factura por ter pensado nisto.

10:50 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

A Bota e a todos,
A propósito de…: - teoria geral da arqueologia (que queremos fazer com isto?)...etc.

a mim parece-me que a Arqueologia o Homem. E que constitui um campo transdisciplinar no saber, um ponto de intercepção de teorias e métodos de outras disciplinas, devendo apreender os desenvolvimentos específicos e aplicações práticas que se colocam ao serviço da edificação de um saber autónomo, implicano a consciência do sujeito e do objecto de estudo próprio da Arqueologia.
E como sabemos que a Teoria do Conhecimento ou da Epistemologia versa o problema de como adquirimos o nosso conhecimento do mundo exterior (passando pela questão da formação cognitiva da espécie humana) aceitamos, claramente, que a Arqueologia não pode ficar alheia questões mais ou menos teóricas, também elas inerentes a outras disciplinas que não esta.
Como ciência, a Arqueologia é um conhecimento que pretende não apenas descrever a realidade, mas também explicá-la de modo racional e objectivo. Estabelece para tal relações universais entre os fenómenos, permitindo a previsão dos seus resultados, recorrendo, por ventura, a procedimentos experimentais. Creio que deve ser um conjunto de enunciados, mais ou menos gerais, sistematicamente articulados entre si.
Considerando estas questões, passamos os olhos pelos idealistas subjectivistas, que defendem não haver coisas reais independentes da consciência; contemplamos os cépticos que crêem nada poder saber com certeza; e consideramos os materialistas que sustentam que apenas os objectos físicos e as forças são perceptíveis e mensuráveis, negando a existência da alma ou da mente como um tipo separado da realidade…e… pensamos o símbolo, enquanto figura real ou linguística, elemento material que representa uma realidade abstracta ou espiritual, vestindo uma analogia natural ou uma convenção. E o signo… enquanto sinal ou traço que está no lugar de uma outra coisa (objecto concreto ou um conceito abstracto). E finalmente a linguística, talvez a parte do conhecimento mais debatida: pelos poetas, teólogos, filósofos, filólogos, psicólogos, biólogos, psicanalistas e neurologistas e portanto deve sê-lo por aqueles que pretendem estudar o homem, ser complexo e diverso… Como um acto linguístico, o conhecimento e a informação, estão sujeitos a certas propriedades que caracterizam a linguagem em geral. E os signos que constituem uma língua, não têm nenhum valor absoluto em si, não fazem sentido se considerados isoladamente. Ao considerarmos somente o aspecto material de um signo, seu aspecto esquemático ou fonético, não encontramos nele nada intrínseco que remeta à coisa que identificamos como sendo uma palavra. O mesmo acontece, se pensarmos o significado que constitui um determinado signo no seu aspecto conceptual.
A concepção de uma mente objectiva tem sido estremecida neste período contemporâneo!
Para a psicanálise, o campo das representações simbólicas inconscientes não pode ser compreendido segundo a lógica (de Aristóteles!) empirista que atribui a verdade aos símbolos em função de sua correspondência a conteúdos sensíveis. O existencialismo contribui para mostrar que a consciência revela também o como de sua relação com a realidade. Mesmo para a ciência, a maneira de ver objectivamente é condicionada pelas atitudes que se encontram no próprio princípio de vida consciente. O homem não pode ver o mundo de forma desinteressada e a sua visão é determinada pela actividade mental, que ronda, também, em torno de um molde emocional.
Na Arqueologia, tem sempre que se considerar os distintos campos do conhecimento (a segurança científica versus a interpretação). Deve sempre conhecer-se um Braudel, um Foucault, um Kant, um Nietzsche, um K. Popper, rever Plantão… questinar-se se sobre a indução ou dedução, considerar a verificabilidade e a falsificabilidade dos vestígios, dos contextos, das paisagens… e interpretar ou não interpretar… Porquê? Não é para mudar-mos de armas e bagagens para a Filosofia ou coisa parecida. Mas é porque é preciso questionar-se.
A teoria costuma estar inerente a todos os nossos trabalhos… ou devia estar. Mas deve deve estar mais explicitamente presente ou pode cair no esquecimento. E perde-se a noção deste produto do espírito humano, enquanto sujeito, inserido nas condições sociais e culturais coevas.
Os paradigmas devem suceder-se no tempo. E nós, os arqueólogos consideramos o Histórico Culturalismo, a Nova Arqueologia, o Processualismo, o Pós Processualismo… e temos noção de que teoria é necessária. Faz falta.
E se falar de teoria hoje parece uma coisa em vão. Anacrónica. Fora de moda. Pensemos que é de hoje que falamos dum passado e num futuro. É hoje que pensamos. E hoje é preciso abrir-se a novas abordagens teóricas e procurar uma teoria apropriada a cada um e para todos.Transformar-se. Investigar a investigação…
Qualquer argumento de que a teoria é irrelevante à Arqueologia é por si mesmo uma abordagem teórica, só não sei se serve a todos! O ideal era que, assim como qualquer outra ciência, Arqueologia tivesse um conjunto de termos para cada conceito particular de seu objecto de estudo. Porque estes estão sempre a ser necessários, porque as tipologias devem acontecer…etc, etc.
Mas onde está o corpus teórico da arqueologia portuguesa? Onde estão os debates teóricos?
O norte do nosso país tem-se destacado. De facto! Alguns de nós já aqui o referimos.Mas porque está mais ou menos isolado? Será que a Reconquista ainda não aconteceu?

A factura, para onde segue?

5:15 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

ERRATA para texto acima, 4.ªa e 5.ª linnhas:
a mim parece-me que a Arqueologia busca o conhecimento do Homem.

5:21 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Estranho silêncio que se abateu sobre o mundo, após o texto de um anónimo que soube por os pontos nos iis e dizer o que é afinal a teoria. Nem norte, nem centro nem sul comentam o único texto lúcido e verdadeiramente teórico. Porque será?
Os que se queixavam da inexistência de debates teóricos em Portugal, remetendo-nos e dando-nos os exemplos de fora, onde estão? Amedontrados? Derrotados? humilhados?
Um anónimo sulista (sim no Sul também se pensa, e, quem diria, lê-se Foucault e, imagine-se, até Kant e Popper)

8:56 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Santinho, o texto nem é lúcido nem é teórico. É confuso, pretencioso, cheio de lugares comuns e generalidades sem sentido.
Não é teoria, é banha teórica, e só dá vontade de mudar de canal.

TAG, sit tibi terra levis

10:29 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

SErá que a tag morre porque é mais fácil dizer que morre? e pronto! Será que ninguém tem coragem para avançar?
Também anónimo! Eu...

12:14 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Citando Anónimo:
“Santinho, o texto nem é lúcido nem é teórico. É confuso, pretencioso, cheio de lugares comuns e generalidades sem sentido.
Não é teoria, é banha teórica, e só dá vontade de mudar de canal.

TAG, sit tibi terra levis”

Não concordo consigo, o texto pode ser um pouco duro e talvez (sublinhando o talvez) pareça num primeiro momento um pouco pretensioso.
Tenho uma sugestão: Talvez seja melhor o Sr. Anónimo exemplificar onde se encontram as confusões, os lugares comuns e as generalidades sem sentidos, etc. e poderíamos dar início a um belo debate.
Agora chegar aqui criticar sem explicar e justificar e que não vale.
A. Pereira

4:24 da tarde  
Blogger Sergio Pereira said...

Para os mais cépticos.
A TAG ou GAT não pode morrer, pois ela ainda não foi concebida, somente morre o que possui vida. Ela simplesmente está a ser planejada, estudada, avaliada e debatida com os demais participantes.
Depois disto, somente poderão ocorrer duas coisas: Será realizada ou não será realizada.

4:49 da tarde  
Blogger Gonçalo Leite Velho said...

Há quem esteja á espera de que o pó lançado se transforme numa bela estratigrafia que quando assente enterre o que lhe é incómodo.
Mas o anuncio de uma morte é por vezes a melhor maneira de nos dar ensejo à vida.
Por outro lado a aceleração dos tempos em que vivemos parece exigir sempre o acontecimento imediato. Ora o imediato é apenas um momento do contínuo.

Depois disto só irá ocorrer uma coisa: o TAG/GAT será realizado. Podem viver com essa certeza.

10:53 da manhã  
Blogger Uma arqueóloga said...

Sobre o texto a que muitos já chamaram ou quiseram chamar sopa de palavras, não vou avançar grandes comentários. O tipo de abordagem feita apresenta-se assaz imprecisa, bem como outros teores já aqui anteriormente expostos. No entanto, existem alguns termos/temas em que podemos pegar para desenvolver a discussão que aqui nos propusemos. Assim, a intercepção de teoria e método de outras disciplinas; a mudança de paradigma; as leituras possíveis de fazer sobre o passado; o corpus teórico versus praxe na actual arqueologia portuguesa.
Neste último ponto podemos pensar nas situações de emergência com as quais nos deparamos no dia a dia. Há pouco minutos atrás, um colega de arqueologia falava-me da terrível situação que é estarmos à frente de uma máquina e decidir se esta deve parar, se não deve parar, se devo ir ver… se é importante... estes casos parecem-me de relevância considerar. E peço-vos a vossa participação nestas questões, contanto até algumas experiência. Como já se disse antes, ninguém é obrigado a identificar-se ou a especificar o sítio onde laborou. Interessa apenas que todos tenhamos presentes as realidades que acontecem em todo o país.

11:37 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Em resposta ao pedido de Uma arqueóloga, coloco um texto no post objectivando o diálogo.
IP

7:12 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

enquanto estive na minha licenciatura tambem quis um dia mudar a arqueologia...foi os piores 20 minutos de pensamentos da minha vida...a arqueologia não se muda de um dia para outro, nem mesmo de um ano para outro...e acreditem, daqui a 10 anos voces vão continuar a falar do mesmo e a arqueologia continua como está, e voces com os belos dos recibos verdes a fazerem contas á vida...

Mais um anónimo...por questões de trabalho ;)

11:34 da tarde  

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